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Bolsonaro endurece o tom e chama inquérito sobre suposto golpe de "farsa fabricada"

Na declaração, ele também disse que as acusações são baseadas em “mentiras, vingança e arbítrio”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Em publicação feita nesta sexta-feira (13), Bolsonaro endureceu o discurso contra o Supremo Tribunal Federal (STF), e classificou o processo como uma “farsa fabricada”, a chamada “trama golpista”. Na declaração, ele também disse que as acusações são baseadas em “mentiras, vingança e arbítrio”.

Um dia antes da publicação, a revista Veja divulgou trechos de mensagens atribuídas ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso, o tenente-coronel Mauro Cid. Nos registros, Cid, citado pelo ex-presidente, diz que Bolsonaro “não ia fazer nada”, mas que de nada adiantaria, já que “não precisa de prova, só de narrativa”.

Nas mensagens divulgadas, o ex-ajudante diz que o “roteiro já estava pronto”, que a “sentença já está escrita” e que “se não entregar a cabeça de alguém” ou “não falar o que querem, o ministro não te solta”. Conforme Bolsonaro, esses registros são indícios que o inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes tem um único propósito: a perseguição política.

“É um caça às bruxas contra mim e contra os milhões de brasileiros que eu represento. Um processo movido por vingança, não pode verdade”, declarou o ex-presidente.

Foto: Ton Molina/STFJair Bolsonaro
Jair Bolsonaro

Apelo às instituições e à “imprensa séria”

Além das críticas, Bolsonaro também pediu a anulação da delação de Mauro Cid e a soltura do general Walter Braga Netto e demais aliados, presos no bojo da investigação sobre o suposto golpe. Em apelo às instituições e à “imprensa séria”, o ex-presidente pediu uma reflexão sobre os riscos do que chamou de “escalada autoritária”.

“Chega dessa farsa. Não se constrói um país sobre mentiras, vingança e arbítrio”, reforçou Bolsonaro.

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